No dia 27 de março de 1977, a pista do Aeroporto Los Rodeos, em Tenerife, estava lotada. O aeroporto estava sendo usado como um hub temporário para desviar a oferta de voos do Aeroporto Gran Canaria, que havia sido fechado devido a ameaças de bomba. Dentre as inúmeras aeronaves que foram desviadas para Tenerife estava os voos KLM-PAN AM 747, que transportavam centenas de passageiros cada.

Enquanto os dois aviões estavam nas pistas, uma densa névoa se formou, reduzindo significativamente a visibilidade. O controlador de tráfego aéreo tentou direcionar as aeronaves para as áreas de espera, mas acabou por redirecionar os dois aviões para o mesmo trilho de pouso.

Durante as manobras de aproximação, o piloto do KLM 747 não conseguiu ver o sinal do controlador de tráfego, uma vez que estava além do alcance visual da cabine. O piloto então assumiu erroneamente que havia sido autorizado a decolar e iniciou a corrida no final da pista.

Enquanto isso, o Pan Am 747 estava no meio da pista e também recebendo instruções do controlador de tráfego. O piloto decidiu desviar o avião para uma estrada que cruzava a pista em vez de seguir as instruções do controlador. Isso impediu que o KLM 747 visse o avião em seu caminho antes de decolar.

Quando o KLM 747 decolou, atingindo uma velocidade de 250 km / h, bateu no Pan Am 747 que cruzava a pista naquele momento. A colisão resultou em uma explosão violenta que matou todos os 248 passageiros do KLM e 335 passageiros do Pan Am, tornando-se assim a pior tragédia aérea da história.

A investigação concluiu que houve vários fatores contributivos para essa tragédia aérea: a densa névoa que limitava significativamente a visibilidade, as instruções conflitantes do controlador de tráfego, a barreira lingüística e culturas diferentes, o mau entendimento das comunicações e o erro de julgamento do piloto KLM na interpretação dos sinais do controlador de tráfego aéreo.

Desde então, o setor de aviação implementou vários procedimentos para melhorar a comunicação e garantir a segurança em clusters aéreos lotados. Tais medidas incluem o aprimoramento dos sistemas de treinamento de pilotos, melhorias nos equipamentos de comunicação e aprimoramento da comunicação de rádio entre controladores de tráfego aéreo e pilotos.

Em conclusão, o acidente aéreo do voo KLM-PAN AM 747 em Tenerife permanece como um lembrete do preço da negligência em relação à segurança aérea e da importância de seguir rigorosamente os procedimentos de segurança. Mas as lições aprendidas tornaram o setor aéreo muito mais seguro para todos os passageiros de hoje.